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Cemitérios do DF não realizarão velório de vítimas do coronavírus

Cemitério Campo da Esperança, em Brasília - Pedro Ventura/Agência Brasília
Cemitério Campo da Esperança, em Brasília Imagem: Pedro Ventura/Agência Brasília

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

25/03/2020 13h10

Pacientes que morrerem em decorrência do novo coronavírus não poderão ser veladas em cemitérios do Distrito Federal, segundo a empresa Campo da Esperança, que administra as seis unidades da capital. Apenas o sepultamento será realizado.

Em nota enviada ao UOL, a empresa informou que mesmo aqueles velórios em que não há suspeita de contaminação terão algumas limitações. O tempo máximo de duração da cerimônia deverá ser de duas horas, além dos 30 minutos do cortejo.

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Serão permitidas até dez pessoas por vez dentro da capela durante o velório. A fiscalização e o controle devem ser feitos pela própria família.

"Essas medidas foram sugeridas pela concessionária e aprovadas pela Secretaria de Justiça (Sejus) e estão sendo adotadas nos cemitérios do DF desde 17 de março. Seguindo protocolo da Secretaria de Saúde, nos casos de morte pelo novo coronavírus, não haverá velório. Apenas o sepultamento", disse a nota.

Segundo a empresa Campo da Esperança, as orientações são dadas no momento da contratação dos serviços cemiteriais e há cartazes nas capelas alertando para a necessidade de afastamento entre as pessoas.

"É rotina os funcionários da Campo da Esperança utilizarem equipamentos de segurança individual. Neste período de risco de infecção pela covid-19, a necessidade de higienização está sendo reforçada com as equipes", disse outro trecho da nota.

Por ser tratar de um serviço essencial, a concessionária não pode reduzir a quantidade de funcionários nos turnos, principalmente os sepultadores. Parte da equipe da área administrativa, porém, está cumprindo a jornada de trabalho em casa.

"Ainda não há aumento de demanda por sepultamentos em virtude do novo Coronavírus. Medidas futuras, se necessárias, serão estudadas juntamente com o GDF", concluiu o texto.

Procurada pelo UOL, a Secretaria de Saúde disse que não vai comentar o caso e repassou a demanda para a Secretaria de Justiça de Cidadania. Já a Sejus informou que o objetivo da medida é controlar os efeitos da pandemia e que protocolo está em fase de revisão e deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Distrito Federal.